Acusado de ser mandante de homicídio de vereador e policial civil aposentado em Juazeiro do Norte é condenado a 60 anos de reclusão

O Tribunal do Júri da Comarca de Juazeiro do Norte julgou, nesta quinta-feira (02/06), Paulo Victor Lopes Monteiro. Acusado de ser o mandante da morte do vereador Amarílio Pequeno da Silva e do policial civil aposentado José Alves Bezerra, ele foi condenado a uma pena de 60 anos de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado. A juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro do Norte, Ana Raquel Colares dos Santos Linard, negou ainda o direito de apelação do réu em liberdade, mantendo a prisão preventiva do condenado, que está foragido. Paulo Victor Lopes Monteiro fugiu no dia 21 de março da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, conhecida como CPPL I, localizada no município de Itaitinga, e por isso não participou da sessão de julgamento.
O duplo homicídio ocorreu em Juazeiro do Norte, na Praça Feijó de Sá, conhecida como Praça do Giradouro, no dia 20 de setembro de 2011. O crime causou uma verdadeira comoção social no Cariri na época dos fatos devido à hora e ao local em que ocorreu, conforme pontua a juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard na sentença: “As circunstâncias do crime praticado, há que se considerar a ousadia e periculosidade do fato praticado, em local público, em horário que sabia ser bastante frequentado por dezenas de pessoas, inclusive crianças, em momento de lazer familiar, sem qualquer preocupação de que a ação criminosa atingisse outras vítimas inocentes, não se prestando a intimidar à prática desse hediondo crime”.
O titular da Promotoria do Júri de Juazeiro do Norte, Aureliano Rebouças Júnior, sustentou em plenário a condenação do acusado pela prática dos dois homicídios duplamente qualificados, por motivo torpe, pois foram cometidos mediante pagamento, e pelo meio que dificultou a defesa das vítimas. “Paulo Victor Lopes Monteiro foi o responsável pela contratação do autor material do duplo homicídio Jonatan Marcos de Oliveira, que já foi condenado a 38 anos de prisão”, informa o promotor de Justiça Aureliano Rebouças Júnior.

O réu foi condenado a pena máxima prevista para o homicídio qualificado, no caso, 30 anos, sendo este tempo aplicado para cada homicídio, totalizando 60 anos de reclusão. Além dele, também foram denunciados pelo crime Ramon Gonçalves Vital e Damião Érico Cavalcante Nicolau.
Ministério Público do Ceará
Foto: Demontier Tenório

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